segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

CINE TROPPO - SEMANA DE 25 À 31/01/13

CINE TROPPO 
Marco Antonio Moreira Carvalho

O FILME DA SEMANA 
“AMOR” de Michael Haneke 
Marco Antonio Moreira 
Michael Haneke é um diretor habituado em filmar temas polêmicos e desta vez, o tema de seu novo filme não poderia ser mais complexo : o amor. Através deste tema, Haneke fez várias perguntas que surgem com a construção da sua história. O que é o amor para dois velhos solitários que moram sozinhos, vivendo uma vida com/sem sentido, amantes da música e da vida? O que é o amor neste casal até quando estão sãos e bem de saúde e o que é o amor quando um deles sofre um problema cerebral e lentamente vai perdendo o controle da sua vida e fica cada vez mais dependente do outro? “Amor” é um filme sobre a solidão, o tempo, a velhice e sobre como todos estes elementos mudam passo a passo o nosso conceito de tudo o que sabemos ou pensamos saber da vida. Haneke não nos mostra estas questões de forma romanceada, leve. Ele coloca uma narrativa dura, seca, às vezes distante do drama dos personagens para evitar a emoção exagerada e muitas vezes ele consegue, outras não. É difícil não se envolver com o drama deste casal em busca de vida numa idade que só resta a diária reconstrução do que é saber viver e do que é o amor. Afinal, seja qual for o conceito de amor, de amar, ser testemunha do fim gradual e lento do parceiro muda tudo e novas provas de amor merecem/devem surgir. Redescobrir como amar perto do fim, da morte. É possível? Que prova de amor maior pode ser oferecida?Matar, morrer? É possível lutar contra a impotência do fim? “Amor” em cada sequência nos faz pensar nestas reflexões. Otimista, amargo, esperançoso ou pessimista, é uma obra de arte que veio para nos provocar. “Amor” é o cinema forte de Michael Haneke chegando e polemizando mais também é o filme de dois grandes atores em atuações históricas: Emanuelle Riva e Jean-Louis Trintignant. Veja sem falta.

Luzia Álvares 
Solidão, geração, complacência, amor. Essas quatro palavras se entrecruzam e se transformam em um símbolo do afeto de alguém pelo outro, numa relação que expõe a condição humana, segundo Michael Haneke, em seu filme “Amour” (2012).Um casal de idosos cujas alegrias compartilhadas construiram um cotidiano digno entre a profissão pública e o ambiente privado familiar é apresentado no filme nos estertores dessa dimensão que favoreceu os dias vividos criando hábitos salutares na composição de uma relação ambiente amigável e plena de ganhos pessoais e profissionais. O emblema proposto é a prisão do casal em uma condição de irreversibilidade diante da doença, e a impotência de um retorno aos velhos hábitos, ao considerar, a partir daí, a transformação que vai se dar entre eles. A bofetada no rosto da esposa inerte que lhe cospe e vomita reflete o sintoma da condição humana. Não somos infalíveis nem santos, mesmo diante de quem amamos até a morte

Pedro Veriano 
O novo filme de Michael Hanek vai ao âmago da sentença que o casal pronuncia ao casar: “até que a morte nos separe”. E começa com a forma dramática dessa afirmativa: Anne (Emanuelle Riva) está morta. O amor que dedica ao marido George (Jean Louis Trintignant)é demonstrado em detalhes que se vê desde que eles,músicos profissionais, assistem a um concerto. A única filha (Isabelle Huppert) também é ligada à musica. Mas ela pouco aparece na tela. O que mais se vê, além de marido e mulher vivendo seus mais de 80 anos, é o apartamento luxuoso em que moram em Paris. A câmera, quase sempre estática, descobre as paredes, os moveis tudo em grandes planos para dimensionar a relação do espaço físico com as figuras humanas. Anne sofre uma isquemia cerebral na hora em que ela e o marido são vistos em médio plano diante de uma mesa. A conversa que travam é interrompida pela falta de respostas por parte dela. Daí se passa para a lenta deterioração de seu corpo. E para o desvelo (e desespero) do marido dedicado. Cenas de grande intensidade dramática fecham o enfoque. Há uma sequencia em que um pombo invade o apartamento e George tenta tirá-lo dali sem sucesso. Uma alusão poética. Mas o filme acaba defendendo a eutanásia como forma de amor, embora não deixe no espectador a imagem exclusiva de uma dedicação mórbida demonstrada por grandes intérpretes. Os últimos planos são livres, retratando uma volta à vida, como se as pessoas em espírito prosseguissem as suas jornadas.Afinal, diz Hanek, o verdadeiro amor é imortal.

Arnaldo Prado Junior 
Logo que terminei de assistir Amor (Amour, França / Alemanha / Áustria, 2012) não tinha uma referência básica para interpretar a tragédia de Anne (Emmanuelle Riva) e Georges (Jean-Louis Trintignant). A ação física, o cessar a vida por um processo mecânico, aplicado por George em Anne, quebrou violentamente toda a racionalidade que ele apresentou ao longo da enfermidade da mulher. Enfocar o anoitecer da vida e, mais, com uma doença progressiva com degeneração mental sem esperança de recuperação, foi o que fez Michael Haneke com a participação de dois excelentes atores que, certamente escolhidos, encontram-se na faixa de idade dos próprios personagens. Resultou uma obra sensível, humana, sentimental, triste, esteticamente consistente para não dizer irrepreensível. A realidade por trás da ficção é contundente, levou ao desespero que atingiu os personagens, mas que deve ser evitado.O final é enigmático. Anne está terminando de arrumar a louça na pia, fala para Georges que, se ele quiser, pode calçar os sapatos, o que ele faz. Terminada a tarefa ela pega um casaco que ele ajuda a vestir; ela agradece e encaminha-se para a porta de saída da casa. Ele a segue, mas antes de sair pergunta se ele não vai pegar o casaco; ele volta, pega o casaco, veste-o, encaminha-se para a saída, a luz é apagada. Ele sai, fechando a porta. Tudo normal, nada de trágico aconteceu, foi apenas um delírio, um pesadelo. Ainda há uma cena com a filha deles entrando na casa vazia, passa pelos compartimentos, senta-se em uma poltrona, fica à espera.

ESTREIAS DA SEMANA 
“Lincoln” de Steven Spielberg
“João e Maria : Caçadores de Bruxas”
“O Resgate” com Nicolas Cage 

AGENDA
*Cineclube Alexandrino Moreira: Dia 04/02, em parceria com a ACCPA, será exibido o filme “A Grande Testemunha” de Robert Bresson, considerado um dos maiores filmes deste grande cineasta (realizador de “Mouchette” e “Pickpocket”). O filme será exibido às 19 h, entrada franca e debate após a exibição com críticos da ACCPA.

*Cine Olympia : Encerrando a mostra em homenagem ao ator Kirk Douglas, hoje será exibido o filme “A Montanha dos Sete Abutres”de Billy Wilder às 18:30 h com entrada franca. Na sessão cinemateca, hoje, às 16h, será exibido o filme “Movidos pelo Ódio” com Kirk Douglas, dirigido pelo cineasta Elia Kazan em 1969. Um filme pouco conhecido do diretor de “Clamor do Sexo” e que merece ser visto. Entrada franca. De 29/01 à 03/02, o Cinema Olympia exibirá uma mostra de filme do grande diretor Orson Welles com filmes importantes da sua carreira como “Cidadão Kane”, “Soberba” e “A Marca da Maldade”. Sessões às 18:30 h com entrada franca.

*Cine Líbero Luxardo: Desde o dia 23, está em exibição o filme “Moonrise Kingdom” de Wes Anderson. No filme, um casal pré-adolescente se apaixona e foge para uma floresta, levando a comunidade toda à loucura por sua busca. No elenco, Bruce Willis, Edward Norton e Bill Murray. O filme será exibido nas seguintes datas e horários : Dia 27/01 (17h e 19h), Dias 30 e 31/01 (19h), Dias 01 e 02/02 (19h) e Dia 03/02 (17h e 19h).
*Cine Estação : Hoje é o último dia da programação comemorativa dos 10 anos do Cine Estação. Na sessão matinal às 10h, “O Gato do Rabino”, às 18h “Tropicália” e às 20h30, “Um Verão Escaldante”.

sábado, 19 de janeiro de 2013

CINE TROPPO - SEMANA DE 18 À 24/01/13

CINE TROPPO 
Marco Antonio Moreira Carvalho

DICAS 
Stanley Kubrick's Napoleon: The Greatest Movie Never Made 
Em 1968, logo depois de “2001: Uma Odisséia no Espaço”, o diretor Stanley Kubrick se concentrou imediatamente em seu novo projeto: filmar a vida de Napoleão Bonaparte. Para isso, pesquisou exaustivamente sobre o personagem lendo mais de 500 livros, buscando informações para o roteiro, locações para as filmagens, financiadores para a produção que teria um orçamento altíssimo e até mesmo indicou quem seria o ator para interpretar o protagonista: Jack Nicholson. Com quase tudo encaminhado e roteiro pronto, todo o projeto parou. Outro filme sobre o assunto, “Waterloo” estava sendo lançado no mesmo período de pré-produção e depois de sua estreia, fracassou nas bilheterias, afastando os investidores/produtores de “Napoleão”. Com isso, Kubrick arquivou o projeto para quem sabe um dia, filmá-lo. Infelizmente isso não aconteceu. Mas para quem é fã do diretor, foi lançado um livro com mais de mil páginas que traz detalhes de todo o projeto com um título curioso: “Napoleão : O Maior Filme de todos os Tempos Jamais Filmado”. Fotos da pré-produção, figurinos a serem usados, futuras locações, correspondências de Kubrick sobre o filme, o roteiro completo e muito mais podem ser encontrados neste livro que é uma preciosidade e que merece estar na estante de quem gosta de Kubrick e de quem gosta de cinema.
Leos Carax 
Considero o diretor francês Leos Carax como um dos diretores mais inteligentes do cinema atual. Da sua filmografia, vários filmes de qualidade podem ser evidenciados como “Sangue Ruim” (1986) e “Os Amantes de Point-Neuf”(1991). Seu mais novo filme, “Holy Motors” (ainda inédito por aqui) é a sua mais nova provocação narrativa e estética aos estudiosos do cinema. É um filme brilhante que merece ser visto. Recentemente, premiado por “Holy Motors” com o troféu de melhor filme em língua estrangeira pela Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles, Carax não compareceu à cerimônia de entrega mais mandou uma mensagem de agradecimento por escrito. Uma mensagem que transcrevo a seguir como um manifesto do diretor contra as regras da indústria americana de cinema: “Olá, eu sou Leos Carax, diretor de filmes em língua estrangeira. Faço filmes em língua estrangeira a minha vida inteira. Filmes em língua estrangeira são feitos em todo o mundo, claro, com exceção dos Estados Unidos. Nos EUA, fazem apenas filmes de língua não-estrangeira. Filmes em língua estrangeira são muito difíceis de fazer, obviamente, porque é preciso inventar uma língua estrangeira ao invés de usar a linguagem costumeira. Mas a verdade é que o cinema é uma língua estrangeira, uma língua criada para quem precisa viajar para o outro lado da vida. Boa noite.” Simplesmente genial !

Nagisa Oshima 
Faleceu esta semana com 80 anos, o diretor Nagisa Oshima. Autor de vários filmes polêmicos, Oshima imprimiu sua marca como diretor ao filmar temas polêmicos e provocar reações diversas sobre o amor, o sexo, a morte, a hipocrisia e o desrespeito a humanidade. Filmes como “O Império dos Sentidos”, “O Império da Paixão”, “O Garoto Toshio” e “Furyo – Em Nome da Honra” retratam bem seu estilo e intenções com o cinema. Nos anos 80, Oshima esteve em Belém para um debate com o público e felizmente tive a oportunidade de vê-lo, pessoalmente. Sem dúvida, é um diretor que sempre servirá de referência para novos cineastas. Como uma homenagem ao seu trabalho, a ACCPA deverá programar em fevereiro um de seus belos filmes.

 ESTREIAS DA SEMANA 
“Django Livre” de Quentin Tarantino
“O Último Desafio” com Arnold Schwazenegger
“Sammy – A Grande Fuga”

PRÓXIMOS LANÇAMENTOS
“Amor” (foto) de Michael Haneke (Estreia dia 25/01)
“Moonrise Kingdom” de Wes Anderson (Cine Líbero Luxardo - Dia 23/01)

AGENDA 
*Cineclube Alexandrino Moreira: Dia 04/02, em parceria com a ACCPA, será exibido o filme “A Grande Testemunha” de Robert Bresson, considerado um dos maiores filmes deste grande cineasta (realizador de “Mouchette” e “Pickpocket”). O filme será exibido às 19 h, entrada franca e debate após a exibição com críticos da ACCPA.
*Cine Olympia : Encerrando a mostra do cineasta Federico Fellini, hoje será exibido o clássico “Amarcord” realizado em 1973 e que ganhou vários prêmios internacionais. De 22 à 27/01, será exibida uma mostra em homenagem ao ator Kirk Douglas. Entre os títulos programados, “Glória Feita de Sangue” de Stanley Kubrick e “Assim Estava Escrito” de Vincent Minelli. Sessões às 18:30 h com entrada franca.Na sessão Cinemateca, hoje às 16h era exibido “Marcelino Pão e Vinho” com Pablito Calvo, filme que durante décadas fez sucesso em nosso antigo circuito de exibição.Entrada Franca.
*Cine Líbero Luxardo: Hoje é o último dia da mostra dos melhores filmes exibidos no Cine Líbero Luxardo, de acordo com a enquete realizada com o público pelas redes sociais do cinema. Na sessão deste domingo será exibido o excelente "Precisamos Falar Sobre Kevin" (Lynne Ramsay, 2012) às 19h com entrada franca. A partir do dia 23, será exibido o filme “Moonrise Kingdom” de Wes Anderson. Na sessão Cult em parceria com a ACCPA, dia 26/01 às 16 h será exibido o clássico “Conspiração do Silêncio” (foto) com Spencer Tracy. Entrada franca e debate após a exibição com críticos da ACCPA.
*Cine Estação : Dentro da programação de 10 anos do Cine Estação, serão exibidos os seguintes filmes nas seguintes datas : Dia 20 (domingo): 10h: Um Verão Escaldante, 18h: O Gato do Rabino e 20h30: Tropicália, Dia 23 (quarta):18h: O Gato do Rabino e 20h30: Um Verão Escaldante, Dia 24 (quinta): 18h: Um Verão Escaldante e 20h30: Tropicália, Dia 26 (sábado): 19h – Palestra com Mariano Filho, 19h30 – Tropicália, 20h45 – Show com Renato Torres e Banda (repertório do filme Tropicália) e dia 27 (domingo): 10h: O Gato do Rabino, 18h: Tropicália e 20h30: Um Verão Escaldante.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

CINE TROPPO - SEMANA DE 11 À 17/01/13

CINE TROPPO 
Marco Antonio Moreira Carvalho

Críticas 
“Tropicália” de Marcelo Machado. Ótimo documentário sobre um dos mais importantes movimentos culturais e musicais do Brasil. Através de depoimentos de nomes importantes do movimento como Caetano Veloso e Gilberto Gil, o filme levanta informações sobre várias questões que envolvem não somente a parte musical do movimento mais seu significado cultural dentro do Brasil no final dos anos 60. Revelando influências e conceitos da Tropicália, o diretor Marcelo Machado faz um registro histórico que precisava ser feito há muito tempo para que as novas gerações tivessem contato com tudo o que foi, é e sempre será a Tropicália. Além dos ótimos depoimentos, destaque para as sequências musicais como a apresentação de Gilberto Gil com os Mutantes ao cantar "Domingo no Parque" e cenas de Caetano Veloso no III Festival Internacional da Canção, onde é vaiado ao cantar "É Proibido Proibir". Com um excelente trabalho de pesquisa, o diretor conseguiu fazer um filme importante para a cultura brasileira e que sem dúvida merece ser visto e discutido por todos da área cultural.
“O Impossível“ de Juan Antonio Bayona. Dirigido pelo mesmo cineasta do excelente “O Orfanato” (filme espanhol exibido rapidamente nos cinemas locais em 2007 mas disponível em dvd), “O Impossível” é baseado na história real da experiência de uma família que viajou para a Tailândia para passar férias e presenciou o tsunami que aconteceu no país em 2004. Longe dos exageros e apelações dos filmes catástrofes dos anos 70 e 80, a narrativa é toda construída sob a perspectiva da família que é separada após o tsunami e procura as mais diversas formas de sobrevivência da tragédia, revelando o instinto humano pela busca da vida. Realista sem ser melodramático, o filme impressiona pelas cenas da tragédia e pela demonstração da força de viver de todos os personagens principais. Naomi Watts (King Kong/Cidade dos Sonhos) tem uma atuação memorável.
“As Aventuras de Pi” de Ang Lee. Belo filme dirigido por Ang Lee (realizador de bons filmes como “Razão e Sensibilidade” e “O Segredo de Brokeback Montain”) que nos mostra uma história que envolve a fé e a esperança a partir do drama de um menino indiano chamado Pi, filho de um proprietário de zoológico, que se encontra na companhia de um tigre de Bengala depois de um naufrágio tê-los deixado à deriva no Oceano Pacífico. A sensibilidade de Lee em diversas cenas conquista o espectador e a tecnologia 3D é usada com uma criatividade e beleza que prova que o 3D pode e deve ser usado de forma diferente do chamado cinema comercial. “As Aventuras de Pi” é um filme que nos remete à um sentimento de religiosidade e de reflexão sobre a vida e seus mistérios. Através da história deste menino, Ang Lee (que fez o filme baseado no livro “A Vida de Pi” de Yann Martel) fez uma poesia à vida e a esperança, numa linguagem simples que certamente agradar o público de todas as idades.
 “O Hobbit” de Peter Jackson.O sucesso da saga “O Senhor dos Anéis” rendeu muita credibilidade para o diretor Peter Jackson e depois disso, somente ele poderia voltar ao universo de J. R. R. Tolkien e fazer a versão cinematográfica de “O Hobbit”. O resultado é um filme longo demais e que desperta a atenção do espectador somente depois de muito tempo. Com muitos personagens para desenvolver (como em “O Senhor dos Anéis”), Jackson teve o desafio de transformar a pequena história do livro em mais uma franquia cinematográfica. O que era para ser apenas um longa-metragem, vai se transformar em trilogia. O resultado disso provavelmente será muitas cenas “esticadas”, muitas cenas de aventura com mil e uma montagens dinâmicas e pouco conteúdo na história. A presença no filme de alguns personagens de “O Senhor dos Anéis” acaba nos lembrando que talvez já tenha passado o tempo de usar as mesmas fórmulas de contar as histórias de Tolkien. Mas essa conclusão só chegará no final de mais esta longa trilogia.

ESTREIAS DA SEMANA 
“Jack Reacher – O Último Tiro” com Tom Cruise
“A Viagem” com Ton Hanks
“Uma Familia em Apuros” com Billy Cristal

AGENDA 
*Cineclube Alexandrino Moreira: Em Fevereiro, a parceria com a ACCPA será iniciada com o filme “A Grande Testemunha” de Robert Bresson com sessão às 19 h, entrada franca e debate após a exibição com críticos da ACCPA.
*Cine Olympia : Domingo, dia 13, na mostra de melhores filmes de 2012 segundo a ACCPA, serão exibidos “A Invenção de Hugo Cabret” de Martin Scorsese na sessão Cinemateca às 16h e “O Artista” às 18:30 com entrada franca e debate após a exibição. A partir de terça-feira, dia 15/01, será exibida uma mostra em homenagem ao diretor Federico Fellini (foto) com filmes como “A Estrada da Vida”, “Noites de Cabiria” e “Amarcord”. Entrada franca com sessão às 18:30 h.
*Cine Líbero Luxardo: Felizmente de volta às suas atividades, hoje serão exibidos dois filmes do diretor paraense Roger Elarrat : “Juliana contra o Jambeiro do Diabo pelo Coração de João Batista” e “Miguel Miguel”. Sessão a partir das 19h. Dia 26/01 às 16h, na sessão Cult em parceria com a ACCPA, será exibido o clássico “Conspiração do Silêncio” com Spencer Tracy. Entrada franca e debate após a exibição com críticos da ACCPA.
*Cine Estação : Dentro da programação de 10 anos do Cine Estação, serão exibidos os seguintes filmes nas seguintes datas : Dia 17 (quinta):18h: Tropicália e 20h30: O Gato do Rabino, Dia 20 (domingo): 10h: Um Verão Escaldante, 18h: O Gato do Rabino e 20h30: Tropicália, Dia 23 (quarta):18h: O Gato do Rabino e 20h30: Um Verão Escaldante, Dia 24 (quinta): 18h: Um Verão Escaldante e 20h30: Tropicália, Dia 26 (sábado): 19h – Palestra com Mariano Filho, 19h30 – Tropicália. E 20h45 – Show com Renato Torres e Banda (repertório do filme Tropicália) e dia 27 (domingo): 10h: O Gato do Rabino, 18h: Tropicália e 20h30: Um Verão Escaldante.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

OS MELHORES DO CINEMA EM 2012 - ACCPA



CINE TROPPO
MELHORES DO CINEMA -  2012
ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará)
Mantendo uma tradição de 50 anos, no último dia 27 de dezembro foram escolhidos os melhores do cinema em 2012 de acordo com os críticos associados da ACCPA (Associação dos Críticos de Cinema do Pará). Os críticos Luzia Álvares, Pedro Veriano, Marco Antonio Moreira, Dedé Mesquita, Augusto Pacheco, Arnaldo Prado Jr., José Otávio Pinto, Maiolino Miranda, Francisco Cardoso, Fernando Segtowick, Raoni Arraes, Elias Neves e Lorenna Montenegro votaram ao todo em dezesseis categorias incluindo o PRÊMIO ACCPA – Melhor Filme Brasileiro, que tem a intenção de evidenciar a importância do cinema brasileiro no setor de produção e exibição. Além das categorias votadas, várias menções honrosas foram citadas, evidenciando a importância da melhoria da programação do nosso circuito exibidor. Esperando que o público sempre esteja bem informado sobre o melhor da programação de cinema , a associação continuará a dar sua contribuição para que o cenário cultural local seja cada vez melhor.
Melhores Filmes 
1)” A SEPARAÇÃO” de  Asghar Farhadi
2) “PINA” de Win Wenders
3) “FAUSTO” de Aleksandr Sokurov
4)” A INVENÇÃO DE HUGO CABRET” de Martin Scorsese
5) “O ARTISTA” de  Michael Hazanavicius  e “SHAME “ de Steve McQueen (empate)
7) “DRIVE” de  Nicolas Winding Refn, 
8) “INTOCÁVEIS” de Eric Toledano & Olivier Nakache 
9) “PRECISAMOS FALAR SOBRE KEVIN” de   Lyanne Ramsey e “COSMOPÓLIS” de David Cronenberg (empate) 

Outras Categorias:
Melhor Direção: Alexandr Sokurov (“Fausto”)
Melhor Ator: Michael Fassbender (“Shame”)
Melhor Atriz : Tilda Swinton (“Precisamos Falar sobre Kevin”)
Melhor Ator Coadjuvante : Paul Giamatti (“Cosmopólis”), Ben Kingsley “(A Invenção de Hugo Cabret”), Omar Sy (“Intocáveis”) e Viggo Mortensen (“Na Estrada”) (empate)
Melhor Atriz Coadjuvante : Carey Mullingan ( “Shame”)
Melhor Roteiro : Asghar Farhadi  (“A Separação”)
Melhor Roteiro Adaptado : Aleksandr Sokurov e Marina Koreneva (“Fausto”)
Melhor Montagem : Toni Froschhammer (“Pina”)
Melhor Cenografia : Elena Zhukova (“Fausto”)
Melhor Fotografia : Bruno Delbonnel (“Fausto”)
Melhor Trilha Sonora :  Cliff Martinez(“Drive”)
Melhor Canção : "A Real Hero" – College &.Electric Youth (“Drive”)
Melhor Figurino : Sandy Powel ( “A Invenção de Hugo Cabret”)
Melhor Efeitos Especiais : “A Invenção de Hugo Cabret” e “A Aventura de PI” 
Melhor Animação : ” Valente” de Mark Andrews, Brenda Chapam e Steve Purcell
Prêmio ACCPA - Melhor Filme Brasileiro : TRANSEUNTE de Eryk Rocha 
Menções Honrosas:
* Os 100 anos do Cinema Olympia
* Programação do Centenário do Cine Olympia
* Filme brasileiro “EU RECEBERIA AS PIORES NOTÍCIAS DE SEUS LINDOS LÁBIOS” que foi parcialmente rodado no Pará
* O filme “FEBRE DO RATO” pela qualidade autoral do cinema do diretor Cláudio Assis
*A qualidade da programação do Cine Estação e Cine Líbero Luxardo
* Os parceiros da ACCPA que permitem ações da associação na programação de filmes e formação de platéia : IAP(Instituto de Artes do Pará), Livraria Saravia (Belém), Sesc Boulevard, Cine Olympia, Casa da Linguagem e Cine Líbero Luxardo
* Os 50 anos de fundação e atuação da ACCPA (antes APCC) dentro do cenário cultural local.

Coluna Cineclube - Dia 29/01/23