sábado, 24 de novembro de 2007

MOSTRA FRANCO-ALEMÃ DE CINEMA MERECE ATENÇÃO


Quem parar de reclamar que aqui é a Terra do Moviecom, deve prestar atenção na Mostra Franco-Alemã que está acontecendo no Cine Líbero Luxardo. Filmes excelentes estão programados. Confira a programação completa e prestigie. Afinal, aqui não é a Terra só do Moviecom, galera !

Mostra Franco-alemã de Cinema
De 21 a 25/11 e De 28/11 a 2/12
Sessões:
19h30 de quarta a sexta
17h e 19h30 sábados e domingos.
Entrada franca.
1ª Semana
Dia 21 – quarta – Aurora de F.W Murnau
Dia 22 – quinta – A Grande Ilusão de Jean Renoir
Dia 23 – sexta – Tabu de F.W Murnau
Dia 24 - sábado
17h – Fausto de F.W Murnau
19h30 – A Regra do Jogo de Jean Renoir
Dia 25 – domingo
17h – De Meyerling a Sarajevo de Max Ophüls
19h30 – O Ano Passado em Marienbad de Alan Resnais

2ª Semana
Dia 28 – quarta – Quarto 666 e Um Truque de Luz de Win Wenders (com debate cinema no intervalo das sessões)
Dia 29 – quinta – Mme de....de Max Ophüls
Dia 30 – sexta – Um Amor de Swan de Volker Schlöndorff
Dia 1º – sábado
17h – Carta de uma Desconhecida de Max Ophüls
19h30 – Lola Montez de Max Ophüls
Dia 2 – domingo
17h - O Corvo de Henri Georges Clouzot (frança 43)
19h30 – Passaporte para a Vida de Bertrand Tavern

"MINHA VIDA NO AR" É A DIFERENÇA TAMBÉM

Enquanto se fala por ai que Belém é a Terra do Moviecom, o Cine Olympia exibiu uma curiosa comédia francesa chamada "Minha Vida no Ar". No filme, um instrutor de pilotos tem fobia de avião, por ter nascido durante um vôo e sua mãe ter morrido durante o parto. Mas sua vida fica de algum forma aprisionada naquele avião em que ele nasceu. Amadurecendo, ele vai vivendo em busca de amizade e amor, até achar e perder um grande amor. Mas ainda não será dessa vez que ele vai se descobrir. Tratado como uma comédia romântica, leve, sem maiores aprofundamentos, o filme agrada por que mostra fatos possíveis com personagens possíveis. Simples, direto, o filme mostra afinal que nós todos estamos em busca de algo que de repente pode estar ali, aqui, do nosso lado. No caso do personagem do filme, sua vida está no "ar", ao se libertar do mêdo de avião, e por consequência, do medo de viver. O filme ainda está em exibição no Olympia até dia 25/11. Vejam. A entrada é franca. Aqui não é a terra só do Moviecom.....

terça-feira, 20 de novembro de 2007

E O HALL ?


Os tempos modernos são estranhos....Mas querendo ou não, estamos ainda sob o olhar frio e calculista do Hal 9000 do "2001 : Uma Odisséia no Espaço" ....Temos algum futuro nesse caos político, emocional, humano, existencial, Mr. Kubrick ?





Nem sempre esse blog vai falar sobre cinema...Acho até que vou mudar o nome do blog depois..Agora, prefiro apenas lembrar que quando estamos tristes com tantas notícias ruins que vemos na tv, jornais, rádios, temos outra salvação além do cinema de Chaplin, Kubrick, Hitchcock, Bergman, Antonioni e Kurosawa : temos a música. Este final de semana, ouvi dois discos que adoro, para relaxar do mundo louco que vivemos : "Sentinela" de Milton Nascimento produzido em 1980 e "Magnification" , produzido em 2001 do grupo de rock progressivo "YES" com a voz de anjo de Jon Anderson e sua turma fazendo belas canções com quase 40 anos de carreira. Estes dois discos (ou será melhor dizer cds) fizeram meu final de semana melhor para depois enfrentar a realidade : o homem é o lobo do homem. Ou não, como diria Caetano Veloso (ele disse isso mesmo? ehehe).Mas viva a música, o cinema e a poesia que sabe nos dignificar...sempre !

E A PIRATARIA SEGUE HOLLYWOOD


E a pirataria heim? Todo mundo é a favor. Quer dizer, na teoria quase todo mundo. Na prática, quase todo mundo. Que coisa, você ver pessoas a favor de algo que pode estar envolvido com criminalidade. Mas segundo os defensores, vale tudo para ser ver um filme. Mas será que vale mesmo? O cinema é arte. A pirataria é crime. Quem vai julgar isso? Ninguém ! Os tempos modernos são assim...Sem pecados, sem pecadores, sem juízes..Melhor assim ? Talvez sim, talvez não. Mas será que tudo vale a pena, inclusive esquecer a lei para se ver um filme...De qualquer forma, a vida segue seu rumo e o mercado de cinema tem que se "virar" com essa nova realidade.Daqui alguns anos podermos ter alguma idéia do "estrago" da pirataria de forma geral..É esperar para ver e se assustar, como diria alguns personagens da série de tv "Além da Imaginação", que aliás dificilmente você vai encontrar em alguma esquina sendo vendido por R$ 2,00. Hollywood ganha até nisso. Os pirateiros querem mais é "vender" Hollywood" por R$ 2,00. Eu não compraria Hollywood por este valor....Você compraria? Bom, por R$ 2,00...quem sabe não é? Afinal, este é o racíocinio de quem compra filmes piratas na rua não é?

E A COMÉDIA AMERICANA CONTINUA SEM GRAÇA...

"Antes só que Mal Casado" desde o início tem o jeito de ser o filme mais prevísivel do ano. E a cada 10 minutos, tudo se confirma. Um solteirão, a familia em cima cobrando casamento, os amigos quarentões já casados, um encontro acidental com uma linda mulher, um casamentos às pressas e dai em diante, tudo começa a pegar mal para o personagem vivido por Ben Stiller (um ator que até funciona bem nas comédias mas é bom repensar o rumo que quer dar na sua carreira senão vai ficar marcado de um jeito inevitável fazendo só esse tipo de filme). Onde poderia haver mais graça, quando o personagem vai descobrindo os "defeitos" da esposa, é onde mais tudo se torna prevísivel, até mesmo quando ele começa a se apaixonar por uma outra mulher que está hospedada no mesmo hotel de sua lua-de-mel. O final do filme, não importa. O que importa afinal é onde está a criatividade de quem faz a comédia americana de hoje. Essa turma devia sentar no sofá de sua sala, e ver e rever algumas das melhores comédias já feitas, desde Chaplin, passando por "Quanto Mais Quente Melhor" de Billy Wilder até todos os filmes de e com Jerry Lewis para entender que fazer rir é um ato de coragem e criatividade, e não de repetição. "Antes só do que Mal Casado" é sim, apenas mais um sinal de que algo de errado está se passando em Holywood, mesmo que o filme tenha tido uma boa bilheteria. E afinal : desde quando o fato de um filme ter ido bem de bilheteria significa algo em relação à sua qualidade filmíca ? São esses os nossos tempos modernos? Citar sucesso como referência, para mim, é "andar" para trás nos conceitos artisticos do que afinal a sétima arte pode e deve nos oferecer.....

terça-feira, 13 de novembro de 2007

"INVASORES" DÁ MÊDO....


"Invasores" dá mêdo....Mêdo de como a incompentência pode estragar uma boa história, mexendo nos seus melhores elementos dramáticos . A história dos invasores de corpos já havia rendido dois excelentes filmes : "Vampiros de Almas" (1956) e "Invasores de Corpos" de Philp Kauffman (1978). Em ambos, o suspense estava no desenvolvimento inteligente da trama, que poderia ter várias vertentes, desde políticas, até científicas. Mas aqui, na pressa, na confusão que Hollywood vive hoje, tudo se perde, até mesmo a bela e talentosa Nicole Kidman que sempre ilumina seus filmes, mas desta vez, não deu para salvar nem ela. Confuso desde o início, o filme revela a confusão que foi a produtora do filme ter metido seu "dedo" na montagem final da história. Quer ter "mêdo"? Procure as versões antigas desta boa história. Pelo menos você vai entender afinal de contas, a diferença entre nós e os alienígenas que querem tomar conta do planeta....Bom, do jeito que estão as coisas por aqui, hoje isso não seria uma má idéia.....

sábado, 3 de novembro de 2007

"O VIDENTE" ERA PARA SER UM BOM FILME...

"O Vidente" com Nicolas Cage tinha tudo para dar certo. A história de uma pessoa que pode ver o futuro nos próximos dois minutos e que acaba sendo perseguida pelo FBI para ajudar a detectar um ataque terrorista anunciado, podia gerar um bom suspense, com cenas criativas, interessantes...Afinal, dois minutos à frente fazem muita diferença, mas sinceramente, do início ao fim o que era para ser sério, vira comédia, como tantas situações absurdas que o roteiro cria, misturado a um certo tom de exagero na interpretações de Cage e de Julianne Moore ( o que ela está fazendo neste filme, meu deus ?). Pela reação da platéia do cinema, a maioria gostou das reviravoltas loucas da história, mas não dá para perdoar um desenvolvimento tão tosco de uma idéia que quem sabe, poderia ser bem interessante...No final, fica a impressão de que Nicolas Cage (que também é o produtor do filme) está começando a ficar meio perdido em Hollywood. Melhor ele tirar uma férias, ir para Europa como Woody Allen fez, e depois, tentar reeditar os bons momentos de sua carreira...

Coluna Cineclube - Dia 29/01/23